Condoreirismo
Entre
1850 e 1870.
A
ave símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das
cordilheiras dos Andes, e que representa a liberdade daí o nome da
geração ser condoeira.
A
poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das
condições dos escravos, decorrência do sistema econômico
brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os poetas dessa geração
também clamam por uma poesia social em que a humanidade trabalhe por
igualdade, justiça e liberdade.
Nasceu
em Curralinho e faleceu em Salvador (ambas na Bahia) em decorrência
da tuberculose e de uma infecção no pé causada por acidente em uma
caçada. Considerado um dos poetas brasileiros mais brilhantes,
Castro Alves tem sua obra dividida em duas grandes temáticas: poesia
lírico-amorosa e a poesia social e das causas humanas.
Começou a escrever
cedo e aos dezessete anos já tinha seus primeiros poemas e peças
declamados e encenados. Aos vinte e um já havia conseguido a
consagração entre os maiores escritores daquele tempo, como José
de Alencar e Machado de Assis. É o patrono número sete da Academia
Brasileira de Letras.
Uma
das principais características de sua obra é a eloquência, a
utilização de hipérboles, de antíteses, de metáforas,
comparações grandiosas e diversas figuras de linguagem, além da
sugestão de imagens e do apelo auditivo. O poeta também faz
referência a diversos fatos históricos ocorridos no país, tais
como a Independência da Bahia, a Inconfidência Mineira (presente na
peça O
Gonzaga ou a Revolução de Minas),
Diferentemente dos
poetas da primeira geração, individualistas e preocupados com a
expressão dos próprios sentimentos, Castro Alves demonstra
preocupação com os problema sociais presentes na sua época.
Demonstra também um certo questionamento aos ideais de
nacionalidade, pois, de que adiantava louvar um país cuja economia
estava baseada na exploração de sua população (mais
especificamente dos índios e dos negros)?
A visão do poeta
demonstra paixão e fulgor pela vida, diferentemente dos poetas
ultrarromânticos da geração precedente.
Seus trabalhos mais
importantes são:
a)
poesia lírico-amorosa:
a poesia lírico-amorosa está associada ao período em que o poeta
esteve envolvido com a atriz portuguesa Eugênia Câmara. Assim, a
virgem idealizada dá lugar a uma mulher de carne e osso e
sensualizada. No entanto, o poeta ainda é um jovem inocente e terno
em face a sua amada corporificada e cheia de desejo.
Seus
poemas mais famosos dessa fase estão presentes em sua primeira
publicação, Espumas
Flutuantes (1870),
conjunto de 53 poemas que versam sobre a transitoriedade da vida
frente à morte, sobre o amor no plano espiritual e físico, que
apela para o sentimental e para o sensual e sensorial. Além disso, o
romance com a atriz portuguesa acendeu no poeta o desejo de escrever
sobre esperança e desespero.
Veja um trecho:
Boa-Noite
Boa-noite,
Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em
cheio.
Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me
apertes assim contra teu seio.
Boa-noite!... E tu dizes —
Boa-noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mo
digas descobrindo o peito
— Mar de amor onde vagam meus desejos.
(...)
Lambe
voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés
divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu
amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao
vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que
escalas de suspiros, bebo atento!
Ai! Canta a cavatina do
delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora...
Marion!
Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova
aurora?!...
Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim
desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
—
Boa-noite!, formosa Consuelo!...
Neste poema, o
poeta, apaixonado, não se contenta com apenas uma amante, e mostra
envolvimento com diferentes mulheres (Maria, Marion, Consuelo...),
todas belas e sensuais, se oferecendo para que o poeta, meigo e
inocente, não vá embora.
Outro
poema famoso deste conjunto é O
Livro e a América,
em que o poeta incentiva a leitura e a produção literária no país:
(...)
Por
isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do
deserto --
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que
semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo
pensar!
O livro caindo n'alma
É germe -- que faz a palma,
É
chuva -- que faz o mar.
(...)
b)
poesia social:
poeta da liberdade, Castro denuncia as desigualdades sociais e a
situação da escravidão no país, além de solidarizar-se com os
negros, que eram trazidos de modo precário dentro dos navios
negreiros. Castro clamava à natureza e às entidades divinas para
que vissem a injustiça cometida pelos homens sobre os homens e
intervissem para que a viagem rumo ao Brasil fosse interrompida.
Graças a sua obra
empenhada na denúncia das condições dos negros, ficou conhecido
como "o poeta dos escravos", por solidarizar-se com a
situação dos que aqui vinham e eram submetidos a todo tipo de
trabalho em condições desumanas.
As obras mais
importantes dessa fase são:
Vozes
D'África: Navio Negreiro (1869)
A
Cachoeira de Paulo Afonso (1876)
Os
Escravos (1883)
Veja
trecho de Navio
Negreiro:
Canto
VI
Existe
um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e
cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em
manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que
bandeira é esta,
Que impudente na gávea
tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que
o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde
pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e
balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as
promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após
a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes
te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de
mortalha!...
Fatalidade
atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue
imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como
um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da
etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada!
arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos
teus mares!
Didivido em seis
cantos, segundo a divisão clássica da epopeia:
1º
canto:
descrição do cenário;
2º
canto:
elogio aos marinheiros;
3º
canto:
horror - visão do navio negreiro em oposição ao belo cenário;
4º
canto:
descrição do navio e do sofrimento dos escravos;
5º
canto:
imagem do povo livre em suas terras, em oposião ao sofrimento no
navio;
6º
canto:
o poeta discorre sobre a África que é, ao mesmo tempo tempo, um
país livre, acaba por se beneficiar economicamente da escravidão.
O
poema épico é eloquente
e verborrágico.
Embora o último navio negreiro que tenha chegado ao país date de
1855, a escravidão ainda era parte do sistema econômico brasileiro.
Pedro
Luziense de Bittencourt Calasans, foi um poeta, crítico e jornalista
da segunda geração romântica, conhecida como Ultra-Romantismo ou
do “Mal-do-século”. Filho do tenente-coronel João José de
Bittencourt Calasans, que mais tarde viria a se tornar um dos
precursores da agronomia do Sergipe, e de Luisa Carolina Amélia de
Calasans, nasceu o poeta no famoso engenho Castelo, propriedade da
família de seu pai, e iniciou os seus estudos no Liceu de São
Cristóvão, completando-os no Recife. Aos 16 anos publica "Adeus!",
seu primeiro livro de poesias, e começa a contribuir para alguns
periódicos da região. Segundo Sílvio Romero, enorme foi o
prestígio desfrutado por Calasans nas rodas literárias de
Pernambuco.Páginas
Soltas
é publicado quando, em 1855, ingressa na Faculdade de Direito do
Recife, na qual veio a bacharelar-se a 16 de dezembro de 1859. De
volta à terra natal, então com 22 anos, ocupa interinamente a
promotoria da comarca de Estância, Estado de Sergipe, casa-se com
rica herdeira, mas logo se separa. É eleito deputado geral para a
legislatura de 1861-1864 quando, ao ser absorvido pelas lutas
partidárias, deixa o convívio das musas para dedicar-se à
advocacia e a imprensa na capital do Império, onde se fez conhecido
como atuante jornalista. No mesmo ano parte para a Europa, onde
percorre vários países e retoma a publicação de seus livros:
Ofenísia,
em Bruxelas, Uma
Cena de Nossos Dias (drama
em quatro atos) e Wiesbade,
sua obra mais conhecida, ambas em Leipzig, Alemanha. De volta ao
Brasil, em 1867, abandona a política e é nomeado juiz municipal de
Caçapava, São Paulo, onde publica mais quatro livros escritos
durante a sua excursão pelo velho continente: A
Campa e a Rosa,
tradução de Victor Hugo, A
Morte de uma Virgem,
A
Rosa e o Sol e
Qual
Delas?.
Segue a magistratura e é eleito deputado provincial no Rio Grande do
Sul, mas consegue remoção para a comarca de Jeremoabo, na Bahia; no
ano seguinte, quando começa a sentir o organismo definhando em
consequência do mal de que só muito mais tarde se apercebe e que
iria vitimá-lo. Em busca de tratamento para a tuberculose, procura
o clima de Ilhéus, também na Bahia, sem nada conseguir. Esteve,
depois, nas cidades de Serro e Diamantina, Minas Gerais, em busca de
repouso e paz sob o clima das montanhas, também em vão. Afinal, a
conselho médico, parte para a Ilha da Madeira, aonde não chega a
aportar e falece a bordo do navio, próximo a Lisboa, Portugal.
Pedro
Luís (P. L. Pereira de Sousa), advogado, jornalista, político,
orador e poeta, nasceu em 13 de dezembro de 1839, em Araruama, RJ, e
faleceu em Bananal, SP, em 16 de julho de 1884. É o patrono da
Cadeira n. 31 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Luís
Guimarães Júnior.
Educou-se
em Nova Friburgo, no Colégio de S. Vicente de Paulo. Diplomado pela
Faculdade de Direito em São Paulo, em 1860, estabeleceu-se como
advogado no Rio de Janeiro, sendo também advogado no Conselho de Dom
Pedro II. Na política filiou-se ao Partido Liberal. Deputado em duas
legislaturas (1864-1866 e 1878-1881), revelou-se um orador
fluentíssimo. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros (1880),
acumulando com a pasta dos Negócios da Agricultura, quando faleceu o
conselheiro Buarque de Macedo. Nesse período teve como funcionário
Machado de Assis. Não alcançando ser reeleito deputado, por ocasião
de dissolução da Câmara, o conselheiro Pedro Luís resignou do
cargo de ministro. Em 1882, foi presidente da província da Bahia.
Acenava-lhe a política com um lugar no Senado, mas veio a falecer,
aos 43 anos. Entre outras condecorações, era titular da Legião de
Honra e grande dignitário da Ordem da Rosa.
Sua
curta existência foi absorvida pela atividade política. Mas teve
tempo bastante para firmar-se como poeta de cunho social e político,
colocado entre os «condoreiros», precursor de Castro Alves, cujo
poema «Deusa Incruenta», o poema da imprensa, é uma antítese a
«Terribilis Dea», que a guerra do Paraguai inspirou a Pedro Luís.
Dele
disse José Veríssimo: «Também ele foi um poeta brilhante, o
precursor da inspiração política e social e do que depois se
chamou condoreirismo na nossa poesia, político de relevo,
jornalista, conversador agradabilíssimo, segundo quantos o trataram,
e homem do mundo, de rara sedução. Deixou meia dúzia de poemas, os
melhores no tom épico («Os voluntários da Morte», «Terribilis
Dea»), que todo o Brasil conheceu, recitou e admirou. Mas a sua obra
dispersa, de mero diletante, se lhe criou um nome meio lendário como
os de José Bonifácio e Francisco Otaviano, não basta a
assegurar-lhe um posto de primeira ordem na nossa poesia."
E
João Ribeiro, depois de chamá-lo «glorioso precursor de Castro
Alves e da poesia hugoana no Brasil, pelas suas feições épicas e
patrióticas», aludiu à sua lírica: «Sei agora que ele nem sempre
fora altiloquente e sabia murmurar com a suavidade de um Petrarca.»
Fonte:
www.academia.org.br/
O
LEQUE DE MARFIM
Ela
estava bonita a enlouquecer a gente!
Viva, fresca, feliz... gostei
de vê-la assim!
Da música ao murmúrio estremecia ardente
E,
rindo, machucava o leque de marfim.
Seus
olhos eram negros, veludosos, puros...
Dois abismos! Dois céus!
Fitei-os a tremer!
Costumado a trilhar caminhos sempre
escuros,
Tenho medo da luz... Meu Deus, eu não quis ver.
Mas
ela fascinava... Era um olhar, mais nada...
Rebelde, o coração
nessa hora me traiu!
Aos dedos dessa virgem a ânfora
sagrada
Entornando perfume à luz do sol se abriu.
Encostei-me
ao piano. A chácara viçosa
Entoava das flores lânguida
canção.
Eu cismava... - sei lá! - no céu, no mar, na rosa...
E
minh'alma se foi nas asas da paixão.
Bem
como o viajante em regiões polares
Que recorda chorando o seu
torrão natal,
E avista de repente, incendiando os mares,
O
divino esplendor da aurora boreal,
Assim
eu triste, só, sem sombra d'esperança,
Dos gelos da descrença
aonde vim parar
Sondei aquele riso! Amei essa criança,
Foi-me
aurora de amor o negrejante olhar.
Brilhe
embora uma vez... Banhou-me a luz divina
Vale uma eternidade um
dia sempre assim...
Sempre hei de me lembrar da cândida
menina
Que rindo machucava o leque de marfim.
Pereira
de Sousa
A
UM PAI
Fitando
longe os teus passados dias,
vendo
tingidas de mortais palores
trêmulas
crenças, entre murchas flores,
em
pó desfeitas puras alegrias;
em
sonho, em riso, em lágrimas dirias:
-
«A noite rola fúnebres vapores...
Mas
brilha a estrela d'alva! Aos seus fulgores
é
verde o campo, o mar tem harmonias».
Era
esse filho que adoravas tanto,
na
densa névoa da alma entristecida,
azul
estrela, da alvorada o canto!
Cedo
trocou-se na estação querida
do
orvalho a gota em pérola de pranto,
morreu
em flor a flor de tua vida.
Pereira
de Sousa
O
QUE EU QUERO
Eu quero nesta vida um sonho lindo
Que
passe como a nuvem cor de rosa,
Hei-de dizer, depois cerrando os
olhos
— Oh! Flor do cemitério, és bem formosa.
Não
quero muito não: à fresca sombra
Do viçoso jardim da
mocidade,
Quero dois dias m´embalar tranqüilo
Gozando amor em
doce liberdade.
Quero ver sempre o céu puro e sereno,
Nuvens
de ar e o sol sempre dourado,
E aos doces beijos da mulher que
amo
Hão de ir morrendo as dores do passado.
Debaixo da
mangueira eu hei de vê-la
Ao meio da languia dormindo,
Soltos
cabelos flutuando ao vento,
Nos eu sonho gentil irá sorrindo.
À
noite quando a lua dos amores
Vier chorar debaixo do
arvoredo,
Encostada indolente no meu ombro
Ela há de ouvir-me
virginal segredo.
OH! sombra dos amores tão formosa
Como é
viva e formosa a borboleta,
Eu serei para ti — a doce aragem,
Tu
serás para mim — a violeta.
Quero dois dias — na macia
grama
Reclinado a sonhar sobre um canteiro!
Passarei minha
horas perfumadas
Como a cândida flor do jasmineiro.
Será
vida bem curta, porém bela!
Sem ambição, sem glórias e sem
dores,
Basta um raio de sol tendo ao meu lado
Uns lábios de
mulher e algumas flores.
Posso morrer depois, e que
m'importa
Tendo a vida corrido vaporosa!
Que hei de murmurar,
cerrando os olhos,
Ó flor do cemitério, és bem formosa!
Pereira
de Sousa
Autor
de vasta obra, seu trabalho mais importante é fruto de suas viagens,
responsáveis pelo contato com realidades diferentes ao redor do
mundo. O aspecto que mais o diferencia dos outros poetas brasileiros
é a originalidade da sua poesia, principalmente com relação à
ousadia de vocabulário com o uso de palavras em inglês e
neologismos, bem como de palavras indígenas. Além disso, a
sonoridade dos poemas também rompe com a métrica e com o ritmo
tradicionais, o que despertou a atenção da crítica literária do
século XX.
Seu
trabalho, então esquecido, foi resgatado na década de 1960 pela
crítica literária, principalmente pelos poetas Haroldo e Augusto de
Campos, responsáveis pela análise de sua obra.
Seu
poema mais famoso é o Guesa
Errante,
escrito entre 1858 e 1888, composto por treze cantos e inspirado em
uma lenda andina na qual um adolescente, o Guesa, seria sacrificado
em oferecimento aos deuses. O índio, porém, consegue fugir e passa
a morar em uma das maiores ruas de Nova York, a Wall Street. Os
sacerdotes que o perseguiam estão agora transformados em
capitalistas da grande cidade de Nova Iork e ainda querem o sangue do
Guesa, que vê o capitalismo consollidado como uma doença.
Dotada
de pinceladas autobiográficas, o Guesa Errante denuncia o drama dos
povos indígenas à exploração dos povos europeus.
Veja
um trecho do poema:
(...)
"Nos
áureos tempos, nos jardins da América
Infante adoração
dobrando a crença
Ante o belo sinal, nuvem ibérica
Em sua
noite a envolveu ruidosa e densa.
"Cândidos Incas!
Quando já campeiam
Os heróis vencedores do inocente
Índio
nu; quando os templos s'incendeiam,
Já sem virgens, sem ouro
reluzente,
"Sem as sombras dos reis filhos de
Manco,
Viu-se... (que tinham feito? e pouco havia
A
fazer-se...) num leito puro e branco
A corrupção, que os braços
estendia!
"E da existência meiga, afortunada,
O róseo
fio nesse albor ameno
Foi destruído. Como ensanguentada
A
terra fez sorrir ao céu sereno!
(...)